O
comandante-geral do Exército, general Eduardo Villas Bôas, refutou hoje
(19) a possibilidade de intervenção das Forças Armadas no país em
decorrência da atual crise política. A declaração foi feita em palestra
sobre o Dia do Exército, no Centro Universitário de Brasília (UniCeub).
“As Forças
Armadas não existem para fiscalizar governo nem para derrubar governos.
Temos que contribuir para a legalidade, dar condição para que as
instituições continuem trabalhando e encontrem caminhos para superar o
que estamos vivendo. Vimos que os embates [políticos] têm sido
acirrados, mas as instituições estão funcionando”, disse.
Villas
Bôas disse que a intervenção militar de 1964 foi um erro das Forças
Armadas. “O Brasil da década de 30 a 50 foi o país do mundo que mais
cresceu, com Getúlio [Vargas], Juscelino [Kubistchek]. Nos governos
militares nas décadas de 70 e 80, nós cometemos um erro, nós permitimos
que a linha da Guerra Fria nos atingisse e o país que vinha num sentido
de progresso, perdeu a coesão”, analisou.