Proprietários
da Indústria Medeiros S/A, vítima na última segunda-feira (19) de um dos
maiores incêndios já registrados na região do Seridó se pronunciaram
oficialmente sobre o assunto. Coube a gerente-administrativa do grupo, Joardiva
de Medeiros falar em nome dos proprietários do empreendimento. De acordo com
ela, a mesma preocupação da comunidade é também do grupo, mas mesmo
reconhecendo a existência de material inflamável em outros galpões da usina,
como “borra de algodão”, Joardiva deixou claro que depende exclusivamente de
uma autorização judicial para a retirada desse material do local.
“Posso garantir a toda à população que
a borra está em um local protegido, distante do foco do incêndio e não oferece
nenhum risco, mas é desejo dos proprietários da empresa retirá-los daqui, porem
dependemos de um parecer do Corpo de Bombeiros, do Ministério Público e
principalmente de uma autorização judicial, já que nada pode sair da empresa
sem autorização da Justiça do Trabalho. Quando tivermos isso em mãos,
imediatamente o material será retirado”, explicou a gerente.
Joardiva evitou se aprofundar sobre o assunto, mas a necessidade da autorização
judicial, certamente se justifica pelo fato do Grupo Medeiros ter sido acionado
na Justiça do Trabalho por dezenas de ex-funcionários, que reclamam não terem
recebido seus direitos trabalhistas, e provavelmente a indústria esteja
penhorada.