Com
relação à condição hídrica do Rio Grande do Norte, prevalece uma alta
deficiência no armazenamento de água nos principais reservatórios do seu
semiárido, com algumas regiões em situação próximo ao colapso total no
abastecimento, caso das Microrregiões do Seridó Ocidental e Oriental, Borborema
Potiguar e o Alto Oeste. Os maiores reservatórios do Estado (Barragem Armando
Ribeiro Gonçalves, Santa Cruz e Umari) apresentam uma situação volumétrica que
varia de 30 a 45% dos seus volumes máximos. Em seguida, foram apresentados os
parâmetros atmosféricos que influenciam diretamente na ocorrência de chuvas na
região, com destaque à condição de temperatura das águas superficiais dos
oceanos Atlântico e Pacífico.
Essa
variável, pelo lado do Oceano Atlântico apresentou durante o mês de dezembro
passado uma condição ainda desfavorável, uma vez que na bacia tropical sul as
águas superficiais apresentaram anomalias negativas, isto é, águas mais frias
do que o normal, enquanto que na bacia tropical norte deste oceano as águas
estiveram um pouco mais aquecidas do que o normal, comportamento esse
desfavorável para o deslocamento da Zona de Convergência Intertropical
(Principal Sistema Meteorológico causador das chuvas no Nordeste Brasileiro no
período de fevereiro a maio), para posições mais próximas do Nordeste.
Outro
comportamento não favorável a ocorrência de chuvas de modo satisfatório na
região nordeste para os próximos meses foi a condição térmica apresentada pelas
águas superficiais do Oceano Pacífico que, mesmo apresentado uma redução na
anomalia ainda estiveram mais quentes do que o normal. O relatório completo se
encontra disponível no site da EMPARN (www.emparn.rn.gov.br).