Orientados pelo professor Jörg Matschullat, duas
estudantes da Techinal University Bergakademie Freiberg estão há dois dias na
região do Seridó. Eles participam do projeto “VeluDeClim-NEB”, cujo objetivo é
descobrir os parâmetros diretos e indiretos mais relevantes controlando uso da
terra e mudanças climáticas na região; além das características dos locais que
apresentam desertificação e degradação na região dos estudos.
A área de pesquisa total inclui nove estados nordestinos. Uma área para
estudos mas detalhados do trabalho é justamente o Seridó, entre Rio Grande do
Norte e Paraíba, e foi escolhida baseada na sensitividade da área, e
conhecimento e experiência dos parceiros do Brasil e da Alemanha. Na região do
Seridó o trabalho terá duração de duas semanas, e a intenção de Jörg e suas
alunas é conhecerem a realidade das condições de vida dos moradores das
comunidades rurais. Nesta terça-feira (26) eles aproveitaram para participação
de uma reunião na prefeitura, onde poderes executivo, legislativo e demais
segmentos discutiam com agricultores os efeitos da Seca.
Em entrevista ao Blog do Marcos Dantas, o professor Jörg Matschullat
explicou que o trabalho de suas alunas no Seridó é sobre os grandes desafios
globais, incluindo mudanças climáticas e mudanças de biomas. E foi por
descobrir que o Seridó é uma região extremamente vulnerável, e que as mudanças
do exterior influenciam o Seridó muito mais do que qualquer outra região, que a
escolha para sediar o trabalho da universidade alemã acabou ficando com nossa
região. O apoio logístico para o auxílio da pesquisa no Seridó vem sendo dado
por funcionários da Agência de Desenvolvimento do Seridó.
“O Seridó tem riscos de desertificação
enorme, senso de nível de altitude acima do mar, tem uma cultura antiga e tem
várias hipóteses sobre o desenvolvimento no Seridó. Eu quero saber quais são as
forças maiores que influenciam essas mudanças e o que nós podemos fazer para
contribuir com um desenvolvimento sustentável. Já temos vários exemplos e
experiências apresentadas pela Adese e outros segmentos da região; temos
experiências conhecidas em outros Estados”, explicou Matschullat.